As Chaves do Armário

Narro aqui a descoberta de três caras e compartilho-as com o mundo. O certinho, o romântico e o galinha. Qual deles terá a chave da felicidade? Aquela que abre as portas do armário? Algumas histórias aqui aconteceram de verdade, do jeitinho que está escrito. Outras aconteceram de forma semelhante, mas foram narradas com algumas alterações para que fosse preservada a identidade das pessoas mencionadas.

sábado, dezembro 09, 2006

Capítulo 4 - A Primeira Vez de Patrick (Ah se meu Fusca falasse !!!)

Em sua primeira transa de verdade, Patrick teve a mesma crise de vômito que eu tive, mas com um agravante: enquanto eu transei pela primeira vez aos vinte e um anos e já era um homem, ele tinha apenas dezesseis. Antes ele teve algumas brincadeiras bobas com primos, que para mim só provam que todo mundo tem o plug da homossexualidade dentro de si. Alguns fatores ligam este plug ou não. Ele ficava pelado com os primos, esfregando o pau no rabo uns dos outros, sem penetração. Eu não passei por isto, mas devia ser gostoso. Patrick estava voltando a pé de um rodeio de peão quando um carro começou a segui-lo e dentro um senhor. O cara ofereceu carona e Patrick entrou. Tudo ia bem até que o cara fez a seguinte pergunta: "você ia andar tudo isto a pé?" e começou a apertar sua coxa. Patrick ficou apreensivo mas tambem gostou. O cara ficava roçando a perna na perna de Patrick e colocou a mão no pau dele. E nosso amigo começou a se interessar por aquilo e retribuiu o carinho. O senhor, um tiozinho, sentindo a receptividade se encorajou e abriu o ziper botando o pau para fora, forçando a cabeça de Patrick para baixo e pedindo para ser chupado. Enquanto Patrick o chupava (lembram-se da importância do sexo oral?) o cara estacionou o carro em uma rua deserta e pediu para morder sua bunda. Depois o comeu ali mesmo dentro do carro. E foi assim entre chupadas de pau e mordidas na bunda que Patrick perdeu sua virgindade. O cara, claro, gozou e foi embora, largando Patrick ali. E deixou o rapaz de 16 anos totalmente asustado. Ao chegar em casa as mesmas crises de consciência seguidas de vômitos. No outro dia o medo de encontrar o tiozinho no rodeio e ele apontar para ele dizendo que já tinha comido aquele viadinho. E se seus amigos todos desconfiassem? Penso que não importa a idade, o tipo físico, nada. A primeira transa de um gay é na maioria das vezes com completos estranhos e por isto tão traumatizante!!! Transamos com pessoas que nunca vimos na vida. E se este cara for aquela bichinha com a qual a bichinha da empresa vive pendurada no telefone? E agora, sou gay mesmo? Para quem posso contar? Um momento que deveria ser tão bacana na nossa vida e não podemos contar para ninguém.