Capítulo 14 - Sex and the (gay) City - (Quando o Pit-Bul vira Gatinha !!)
No mundo gay, há aquelas coisas que são comuns a todos. Os gostos. Não sei se a maioria dos gays já nascem gostando de coisas iguais, ou se por influência do meio começam a gostar. Mas é muito difícil um de nós não gostar de Madonna, por exemplo, e até os que falam que não gostam de suas músicas atuais, vão se lembrar com saudade do tempo em que ela cantava "Like a Viirgin". Assim vamos criando uma cultura nossa, e apesar de ainda sermos uma minoria, dividida em muitas minorias, são nossos gostos culturais que nos unem. O seriado Sex and The City fez inúmero sucesso no mundo inteiro, mas no meio gay se tornou um ícone. E todos tinham seus personagens favoritos. Cada grupinho tinha seus personagens. No nosso foi a mesma coisa. Paolo, era Carrie. Uma mistura de todos os tipos. Patrick era Charlotte. Romântica e sonhadora. Eu era Samantha. A piranhona. E nosso amigo Joshua era Miranda. O frio.
Joshua é um dos melhores amigos de Patrick e moraram na mesma rua desde crianças. Se descobriram gays na mesma época e compartilharam muitas aventuras. Quando conheci Patrick, Joshua estava começando seu namoro com Wandemilson. Um cara boa pinta. Mimado, ás vezes metido, mas sempre nos demos muito bem. E começamos a viajar juntos. E aprontavámos muito. Como na vez em que fomos para a casa rosa de praia do Joshua e a casa era de madeira. O piso rangia a noite toda e Paolo morria de medo. Brincávamos muito, literalmente soltávamos a franga. Engraçado como nós gays, ás vezes em nossos trabalhos ou em outro meio social, somos considerados tímidos, sérios demais ou até antipáticos. Mas no nosso meio nos transformamos. E nos soltamos. E na nossa vida sexual é assim também. Dois fatos ilustram bem esta nossa característica. Vou começar falando do Camisa Amarela.
O Camisa Amarela era um cara lindo que morava na mesma cidade que a gente. Super másculo, um sorriso safado no rosto. Uma voz grossa. Era chefe de cozinha de um restaurante local e muitas vezes frequentávamos este lugar só para podermos admirar o Camisa Amarela. E ele também estava sempre na boate. E sempre usando a mesma camisa amarela. Dançava meio duro, de um jeito muito masculino. Um dia, virado de bêbado, tomei coragem e cheguei no Camisa Amarela. Já conversávamos a algum tempo. O cara também estava mamado. E decidimos ir para meu apartamento. No caminho o cara começou a se soltar e falava que estava morrendo de tesão, mas falava com uma voz, que nada parecia com a voz grossa e máscula do Camisa Amarela. Como estava com muito tesão, levei na boa, até que ao entrarmos em casa ele se jogou no meu colo e miou: "aiiiii...gaaaato, tô tão careeenteeeee." E fez uma voz fininha que me broxou totalmente. E já foi tirando minha calça, e caiu de boca no meu pau. Mamava muito e, claro, ele subiu independente daqueles miados que ele emitia. O comi gostoso demais, mas toda hora queria que ele fechasse a boca. Cheguei a falar que não gostava de falar durante a transa. E fui ficando puto. Não esperei ele gozar e, de sacanagem, gozei primeiro. Gozei e desmaiei. E quando acordei, encontro o Camisa Amarela, colocando sua camisa e abrindo a porta de casa. Perguntei o que tinha acontecido e a voz de macho dele voltou na hora. "achei que você tinha morrido ou desmaiado, me assustei". O cara foi um banana. Além de miar ainda era um covarde. Ia embora com medo da polícia. Expliquei para ele o que tinha acontecido e ele foi embora. Sempre que nos viamos ele vinha e falava com a maior voz de homem: "e aí, velho". Qual não foi a decepção dos meninos quando contei para eles. Mas o pior aconteceu quando morava numa cidade do nordeste. Estava passeando no calçadão quando um cara todo fortinho, bonitinho, com o maior jeito de homem, começou a me olhar. Dei uma virada para trás e encarei também. Ele deu meia volta, se aproximou e começamos a conversar. Depois de um tempo conversando, o cara foi super direto, falou que era casado e muito afim de transar com homem. Putz, nunca saí com casados, achava a maior babaquice. Mas topei e combinei de buscá-lo no dia seguinte e irmos a um motel. Chegamos lá, o cara para variar me mamou muito e fomos tomar um banho. Quando estávamos no banheiro no maior amasso ele se virou e disse: " Me fode papaizinho". Porra além de me sentir o velho, apesar de termos a mesma idade, ainda tive que escutar durante a foda toda o cara me chamar de papaizinho. Mas fui em frente. Ele gostava muito de dar e eu não estava mais aguentando bombar, quando ele me disse: "paínho, fode tua meninha" e fez vozinha de mulher. Na hora comecei a bater uma punheta para ele enquanto o fodia, e gritei muito. Eu gritava muita putaria do tipo: "Engole a rola do papai, filhinha". "Mama a mamadeira do papai". Consegui meu objetivo: o cara gozou rápido e falei que estava atrasado. Nunca mais o vi. A vida hoje está muito baseada em aparências. As pessoas não podem ser aquilo que realmente querem ser. E temos que respeitar, né? Creio que cada um faz o que quiser da vida, principalmente na vida sexual. Daí fica foda, quando a pessoa fica se passando por machinho, e na hora agá, inverte tudo. Respeito, mas na minha cama não. É nestas horas que fazer a opção por ser a Samantha, a piranhona, não vale a pena. Definitivamente.
12 Comments:
lendo o blog todo.
rox a lot!
bjo.
putz! gato por lebre é foda! existem pessoas q não deveriam abrir a boca.
"paizinho","filhinha", "putinha", ouvir isso (e qual quer outra coisa do gênero) na cama é brochante. e qndo o cara fala bem baixinho no seu ouvido q quer comer "sua ""buceta"" de homem" (!) o que?!?!? meu amigo, isso aqui é meu CÚ! se vc quer buceta, veio ao lugar errado, ok!?!
tem mta gente sem noção por aí...
tem outra q é péssima tbm, "CHERO". isso mesmo, falado s/ o "i". tive um "ex amigo" q vivia me chamando assim, lembra? nossa, deprimente vc estar em local público c/ amigos e seu "boy" solta um: "cheeeero, vou pegar uma bebida, c quer alguma coisa?". quero sim, quero q vc suma!
outro q se enquadra nessa categoria de "pit-gatinha" era o "camarão", lembra? q andava sempre c/ um baixinho moreno (nós seguimos eles uma vez na caminhada de findi)
p.s. não fui o único q teve medo na casa rosada, tá!
bju e um grande abraço
saudades
paolo bradshaw
uhauahuahuah Li o blog todo, virei fã. Tenho tantas histórias de palavras toskas na cama, nem me atrevo a começar. É melhor eu escrever um post para o meu blog sobre o assunto. hehehe
Abração e parabéns pelo blog!
Cara
Demais! Eu e meus amigos também já nos vimos em Sex and The City.
Parabéns realemente
Abração
Kadu
Amigo, sou de MG também.
Amei seu blog, li todo de uma vez :)
Também tenho amigos Sex and the City, amei tudo que escreveu é tão dentro da minha realidade, e eu passando por isso tudo achando q estava sozinho..
Abraço, agora virei leitor assíduo.
nossa... bacana demais da conta este blog. quais dias é atualizado?
abraço procê
Concordo absolutamente contigo... Fico irado quando o "Produto" não corresponde a "Embalagem" AHHAHAH... e tem que ter mto cuidado com as palavras/frases ditas na cama, o efeito pode não ser o esperado !!!
Bjs e estou adorando seu blog !!!
adorei seu blog
de que cidade de minas vc é?
me escreva
brunop2p@gmail.com
Adorei seu blog- li inteirinho. Parabéns.
jr_jac@msn.com
captei o espírito do seu post e concordo que levar gato por lebre é a pior coisa que tem. mas aprendi a entender também que algumas pessoas têm um lado obscuro que só acessam na cama, e que às vezes encarnar outros(as) personagens é uma fantasia que elas têm. tipo, às vezes o cara é realmente macho, mas na hora da foda tem TESÃO em ser rebaixado, chamado no feminino, e até se comportar como uma bichinha - porque o tesão dele é esse. o que não quer dizer que a postura máscula que ele tenha fora da cama seja fingimento - não necessariamente: o cara pode realmente ser macho fora da cama e fêmea dentro dela. e isso é mais comum do que eu pensava... rs.
Acessei seu blog hoje pela primeira vez e achei muito interessante.
Quanto a isso é foda mesmo, eu tbm broxo total quando o cara começa a afeminar na cama.
Sim, provavelmente por isso e
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