As Chaves do Armário

Narro aqui a descoberta de três caras e compartilho-as com o mundo. O certinho, o romântico e o galinha. Qual deles terá a chave da felicidade? Aquela que abre as portas do armário? Algumas histórias aqui aconteceram de verdade, do jeitinho que está escrito. Outras aconteceram de forma semelhante, mas foram narradas com algumas alterações para que fosse preservada a identidade das pessoas mencionadas.

domingo, dezembro 10, 2006

Capítulo 9 - Quem Procura, Transa (meu reino por um cavanhaque !!)

Quando mudei para a cidade de Patrick deixei para trás um namorado. Já sabia que não iria dar certo, mas como ele insistiu, tentamos o namoro a distância. No começo me mantive fiel, mas este lance de transar uma ou duas vezes por mês não era comigo. Então eu virei o maior galinha do mundo, com a segurança que tinha um namorado que me ligava todo dia e contava as novidades. Com um namorado em stand by, não saía para caçar na maior carência do mundo, querendo encontrar uma pessoa para namorar, etc.. saía apenas com o intuito de arrumar uma boa transa. E saía muito, e transava muito, e acho que justamente por sair apenas para transar encontrava as melhores pessoas para namorar. Com Patrick era o contrário, sempre querendo namoro e arrumando transas. Já Paolo em sua exigência medonha, não arrumava nem transa nem namoro, embora fosse cobiçado por muitos por onde passávamos. Uma vez eu via direto um carinha numa boate gay da cidade. Achava o cara lindo, um cavanhaque lindo, cheio. Uma pele bem clara, um cabelo bem preto. E aquela bunda enorme numa calça jeans justérrima. Fiquei seis meses meio afim de transar com o cara. E ofereci carona para ele uma vez, quando estava com meu amigo chileno, Manolo, mas ele recusou. Interpretei como um fora e fui para casa. Cinco meses depois estava na faculdade quando o vi. E comecei a segui-lo. Ele foi até a cantina. Voltei, pois desisti de ir atrás dele ao me lembrar do desprezo da carona. Se bem que podia ser que ele nem se lembrasse de mim. Esta esperança ainda nos mata. Enfim, fui matar aula e tomar um chopp com uns amigos da facul quando vi ele passando pelo bar a pé. Como meu carro estava estacionado na frente, inventei uma desculpa do tipo: "tenho que ir embora para cagar !" e o segui. Porra, o cara era praticamente meu vizinho. Quando chegou numa esquina aproximei o carro e falei assim, na caruda: velho , sei que teu nome é Carlos (eu já havia procurado minhas fontes), tu vais sempre em tais lugares, te acho lindo, gostoso e queria te convidar para almoçar comigo amanhã. O cara tomou o maior susto, ficou meio sem graça pegou meu endereço e aceitou. Cheguei em casa liguei para Manolo e contei a novidade: o cavanhaque ia almoçar comigo !!! No outro dia, um sábado, meio dia em ponto ele chegou, e com uma garrafa de vinho na mão. Conversamos muito, fiz uma macarronada para ele, bebemos o vinho dele e outros vinhos que eu tinha, e começamos a ficar com sono. Quando foi de noitinha tipo umas nove da noite ele foi embora e eu fiquei dormindo já bêbado. No dia seguinte liguei para ele e chamei para irmos para uma cidade perto. Ele foi e conversamos sobre tudo, e eu nada de chegar no cara, ele era muito para mim ! Era a única coisa que eu pensava. Conversamos sobre muitas coisas, sobre o meu namorado, sobre o namorado dele (que também morava em outro estado), e só pensava que não podia me apaixonar. No outro dia cinema, no outro dia jantar e nada..... Daí deu um feriado nesta semana e combinamos de sair um dia antes: ir para boate. Ele foi para casa antes e ficamos ouvindo música no computador. Ele começou a dançar e quando vi, ele abaixou a calça. Olhei aquilo não aguentei, começamos a nos beijar. Fomos para o quarto, nesta época eu já morava sozinho, e transamos muito. Estávamos com o tesão acumulado havia cinco dias e nenhum com coragem de chegar. Ele chupou bem meu pau, eu abri bem a bunda dele e chupei muito seu cu. Fui com a língua onde nunca havia ido antes. Eu queria mostrar para ele que era o melhor. Ele sentou no meu pau e cavalgou gostoso. E eu mamei muito aquela rola grossa dele. Ficamos uma noite inteira transando. Ele me disse que se lembrava de mim de quando eu ofereci carona e que não entrou no carro porque meu amigo chileno estava junto e ficou com medo. Porra, eu já podia ter transado com ele seis meses antes. No outro dia combinamos de ir na boate, já que não tinhamos ido no dia anterior. Chegamos de mãos dadas. Achei estranho mas foi bacana e só nos beijamos a noite toda. Fomos para casa e mais sexo. Daí não nos falamos no outro dia. Não sei porque mas aparecer de namorados na boate não pegou bem para gente. Era legal cada um ter o seu em cidades distantes e sermos meio que amantes. No sábado encontrei com ele ficando com uma guria. Paolo também sofreu os encantos do cavanhaque. Se apaixonou de verdade, meses depois quando o conheceu e deve ter sofrido também. Pelo menos por meio dele fui apresentado ao Patrick, nesta noite em que fomos juntos a boate. E aprendi a confiar em mim e chegar logo no cara, mesmo se ele for o mais lindo do universo e eu achar que não tenho chance nenhuma. E anotem uma coisa, uma das mais importantes da vida gay: se algum cara lindo, por quem você é mega afim chegar na tua casa para almoçar (ou jantar) com uma garrafa de vinho na mão, vai fundo e transa muitooo.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Eu quero um cavanhaque destes. Pôxa, vocês deviam ter namorado. Acho que perderam uma grande oportunidade!!!

11:57 PM  
Anonymous Anônimo said...

j´vou levar uma garrafa de vinho para você. onde mora?

2:56 AM  

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