As Chaves do Armário

Narro aqui a descoberta de três caras e compartilho-as com o mundo. O certinho, o romântico e o galinha. Qual deles terá a chave da felicidade? Aquela que abre as portas do armário? Algumas histórias aqui aconteceram de verdade, do jeitinho que está escrito. Outras aconteceram de forma semelhante, mas foram narradas com algumas alterações para que fosse preservada a identidade das pessoas mencionadas.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Capítulo 10 - Encontro de Almas (o beijo da morte !!)


Bom. Eu já conhecia Paolo e conhecia Patrick. Agora tinha que fazer os dois se conhecerem. Eu saía direto com Paolo, pois como não éramos da cidade, nos unimos e íamos sempre a caça. Já Patrick comecei a vê-lo esporadicamente. E embora o achasse muito bonito, ficava com medo dele porque era sempre muito calado em nossas conversas. Achava que ele não gostava de mim. Mas sempre tive na minha mente uma coisa que sei que é a maior bobeira: temos que ter gente bonita próximas da gente. Faz bem para o ego ter sempre gente bonita a nossa volta e resolvi que ia ser amigo do cara. E consegui. E quando não saía com Paolo, Patrick ia junto. Decidimos ir para uma balada numa cidade próxima e resolvi convidar Patrick, mesmo porque Paolo estava louco para conhecê-lo. Peguei Patrick na casa dele e fomos pegar Paolo. Qual não foi minha surpresa quando Patrick fez a maior cara de cu quando viu Paolo. E Paolo não sabia onde enfiava a cara. E a viagem foi assim: os dois de cara amarrada, eu com maior cara de : " o que aconteceu?" e viajámos por uma hora nesta até chegarmos a cidade vizinha. Mas no meio do caminho paramos para comprar cerveja para mim, Smirnoff Ice para Patrick e água pro Paolo quando fiquei sabendo por Paolo que os dois ficaram com o mesmo cara um em seguida do outro, o cara viajou para Nova York e os dois começaram a dividir o posto de namorado vitual. Até que descobriram que o cara tinha um real, mas se odiaram do mesmo jeito. Fiquei de cara, pois os dois eram inimigos e tinha dado o maior fora ao colocá-los juntos. Chegamos na cidade, entramos na boate e eu como sempre fui a caça. Gostava de chegar junto na boate, para passar uma impressão de enturmado, mas lá dentro preferia caçar sozinho. Então um olhou pro outro e tiveram que conversar. E começaram a conversa justamente sobre o cara. O cara era bem cobiçadinho na cidade, pois além de ser lindo, tinha muita grana. E por conta disto todo mundo o desejava, e ele aproveitava pois não era muito seletivo e ficava com todo mundo. Eu só o tinha visto poucas vezes. Mas sabia da fama de gostoso na cama dele. Enquanto os dois ficavam lembrando da boa rola do ex deles, eu já estava parado num canto, fazendo a linha lagartixa, encostado na parede, esperando a minha caça. Qual não foi minha surpresa quando vejo um cara lindo. Branco, cabelinho preto de topete, regata que deixava todos os seus músculos a mostra e eram muitos. Fiquei louco e ele dançava de um jeito que a bunda fazia mil movimentos, parecia que tinha vida própria. Fiquei imaginando ele rebolando no meu pau. Não aguentei e fui dançar perto dele. E comecei a olhar. Ele me ignorando. E foi ao banheiro, fui atrás. Ignorou de novo. Daí ofereci uma cerveja. Não bebia. ofereci um refri. Nada. Um hauss. Daí ele deu um sorriso e falou que eu era realmente insistente. Dei uma cantada barata do tipo: "por você a insistência vale a pena". E começamos a nos beijar. Só que foi um beijo meio louco. A gente segurava o ar e depois soltava na boca do outro. Aquele que recebia o ar passava para o outro. Resultado: ficamos loucos achando que os deuses tinham nos escolhido, não percebemos que o oxigênio tinha ido pro saco e só respirávamos gás carbônico. Ficamos assim a noite toda, quando fui encontrar Patrick e Paolo sentados do lado de fora, falando do ex namorado gostoso, e também do pau do Sálvio (sim, já tinham descoberto que namoraram o Sálvio também). Fui me despedir e descobri que o cara, Henrique, era da mesma cidade nossa e dei uma carona para ele. Ele foi direto para minha casa e pelo nosso beijo achei que tivéssemos tido um encontro de almas. E continuamos nos beijando até que fomos para cama. Eu estava magrinho e com o maior bração naquela época por causa da acadêmia, mas me senti um lixo quando ele tirou a roupa. Prêmio corpo mais gostoso do ano realmente ia para ele. E de maior mamador também. O cara vinha, me beijava, puxava meu ar, passava para mim, e voltava para minha rola. Gozamos juntos, não sem antes eu fudê-lo de quatro e de ele dar uma boa cavalgada no meu pau com aquela bunda peludinha. Fomos conversar um pouco, nos beijamos. Daí veio a grande surpresa. Fui o segundo na vida dele. E o primeiro durou sete anos e ele tinha terminado naquela semana. E o melhor: nunca havia chifrado! Putz. Um homem lindo daquele, rebolando horrores na boate gay, nunca havia saído com mulher e transado com um homem só na vida. E eu era o segundo. E nos beijamos cada vez mais e como era manhã de um sábado ficamos nos beijando, e eu o comendo, o fim de semana todo. Levei-o para casa no domingo de noite e cometi o grande erro. Perguntei se ele queria namorar comigo. Porra do caralho, eu tinha namorado em outro estado, já era mal, mas o cara tinha acabado de sair de um relacionamento com outro cara. Ele disse que não, pois queria aproveitar a solteirice e fiquei puto. Viajei no beijo e não aceitei sua resposta. Mandei flores, cesta de café da manhã. Quanto mais coisas mandava mais ele me evitava. Até que um dia olhou para mim na boate e falou: "cara, olha o meu corpo, você não é a minha única opção". Mandei ele se fuder. Hoje nos falamos de vez em quando. Não sei porque me colocou como amigo num destes sites de relacionamentos.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Cara, aqui na Bahia temos os mesmos problemas dos gays do sul!! Amei este blog. E quero a dica para o beijo da morte!!

11:56 PM  
Anonymous Anônimo said...

Tbem tenho essa supertição de só ter amigos bonitos. Que bom que não o único!!! hehehehe

Muito bom o blog, to adorando! Santa Folha Online.

4:27 PM  

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